tag:blogger.com,1999:blog-39697229269444369432024-03-13T21:58:49.472+00:00Voz do SilêncioUma longa viagem, começa com um único passo. Lao-TséMatilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.comBlogger109125tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-61096997137402758902015-06-03T15:57:00.001+01:002015-06-03T15:58:09.107+01:00Dimensões VII - Lá onde o mar é azul<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-E-SFTJd2o5g/VW8VocdL8eI/AAAAAAAAA1U/Ps-v4wrGXZM/s1600/ferias2009%2Bnorte%2B089.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://4.bp.blogspot.com/-E-SFTJd2o5g/VW8VocdL8eI/AAAAAAAAA1U/Ps-v4wrGXZM/s400/ferias2009%2Bnorte%2B089.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Sigo para lá</div>
<div style="text-align: center;">
invento um novo tempo</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
O além é o meu refúgio</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Lá, onde o mar é azul </div>
<div style="text-align: center;">
e as ondas são verdes</div>
<div style="text-align: center;">
Lá, onde tudo se comove</div>
<div style="text-align: center;">
aos meus olhos cor de prata</div>
<div style="text-align: center;">
Lá, onde a dor é mais leve </div>
<div style="text-align: center;">
e o silêncio se comove</div>
<div style="text-align: center;">
ao cair da noite</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Traço no céu um novo caminho</div>
<div style="text-align: center;">
onde o azul é forte</div>
<div style="text-align: center;">
as estrelas meu norte e minha sorte</div>
<div style="text-align: center;">
e em teu colo chorava</div>
<div style="text-align: center;">
a dor da partida</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Porque a minha ausência </div>
<div style="text-align: center;">
me traça um novo destino</div>
<div style="text-align: center;">
eu vou a par do teu fogo</div>
<div style="text-align: center;">
e caminho contigo </div>
<div style="text-align: center;">
até ao fim do mundo</div>
<div style="text-align: center;">
deste que tomo para nós</div>
<div style="text-align: center;">
num corpo são </div>
<div style="text-align: center;">
e desesperadamente</div>
<div style="text-align: center;">
belo…o seu rumo</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Trago-te um tempo de abraços</div>
<div style="text-align: center;">
uma cesta de beijos</div>
<div style="text-align: center;">
um regaço ajustado a nós</div>
<div style="text-align: center;">
e não me quero ir daqui</div>
<div style="text-align: center;">
sem me rir contigo</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Quero um corpo onde me deitar</div>
<div style="text-align: center;">
uns olhos onde me afogar</div>
<div style="text-align: center;">
uma esteira onde me enrolar</div>
<div style="text-align: center;">
quando daqui me ausentar</div>
<div style="text-align: center;">
mas tenho medo da fuga</div>
<div style="text-align: center;">
de me ir sem te encontrar</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Quero fugir, mas não, sem antes </div>
<div style="text-align: center;">
me desocupar da desgraça que ocupo</div>
<div style="text-align: center;">
não, sem antes me consentir </div>
<div style="text-align: center;">
não, sem antes me desmentir</div>
<div style="text-align: center;">
não, sem antes me despedir </div>
<div style="text-align: center;">
de quem sou </div>
<div style="text-align: center;">
da minha realidade</div>
<div style="text-align: center;">
quase, quase inacabada </div>
<div style="text-align: center;">
no ar que respiro</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Não sem antes me encontrar </div>
<div style="text-align: center;">
verdade na tua verdade</div>
<div style="text-align: center;">
e acabar recomeçando</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Por ti…Amor</div>
<div style="text-align: center;">
só por ti. Que a tua força </div>
<div style="text-align: center;">
seja a minha vontade </div>
<div style="text-align: center;">
de fugir, fugir e ficar</div>
<div style="text-align: center;">
lá onde o mar é azul</div>
<div style="text-align: center;">
e as ondas são verdes</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Ônix in "A Voz do Silêncio"</div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-30146158746572388142015-06-03T15:35:00.001+01:002015-06-03T15:43:02.619+01:00Dimensões VI - Consciência<span style="text-align: justify;">Desenham-se na minha memória as mais variadas figuras. Avisam-me de um perigo eminente, se não consentir no seu desejo maior, que é, sabê-la no alforge do conhecimento da vida, que nunca será medida por um punhado de ideias, antes uma forma continuada no mundo do saber. Quero que me guie, sempre que me encontre a cair num poço sem fundo, que dizem ser o lugar da fome. Quero que me lembre que não passo de um simples nome a alimentar níveis de consciência. Tão profundo é este sentir que me faz ver que tudo será uma mais-valia, quando chegar o momento da despedida. Só aqui saberei olhar o mundo, e dizê-lo por certo, nas memórias de uma vida.</span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Q2Pt05aufps/VW8Q-UAdNZI/AAAAAAAAA1I/kxqsppUjmEU/s1600/304135_1789013024393_1067133843_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-Q2Pt05aufps/VW8Q-UAdNZI/AAAAAAAAA1I/kxqsppUjmEU/s320/304135_1789013024393_1067133843_n.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;">Posso ser outra verdade enquanto figurante desta minha história. Há dias que se apresenta uma verdadeira história, já outros, o seu brilho é um foco descontinuado nas figuras geométricas que desenharam o mundo. Tão perto que estou desta verdade, porém esqueço quem sou, e ao que vim, porque me estranho nestes lugares vazios, nestes terminais de um corpo que se sente perdido numa qualquer errata imaginária. Se fosse um deus menor, viveria às custas de um Deus Maior, contudo, como simples mortal, satisfazem-me as necessidades do corpo e da mente, enquanto me deixam a morrer de fome, outras verdades. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gosto desta verdade, quando me afundo, nua, no silêncio que fecunda a noite. Sinto-lhe a frieza nocturna, mas logo me vejo sua companheira de todas as noites. Passo assim, a ser pedra com pedra, noite com noite, mas, dia sem dia. Preciso vencer o medo de me refazer nas madrugadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há um poder imenso que me traz à clara realidade. Será esta que me lembrará quem sou sem ter que sair da minha janela. Dali, avisto as águas paradas do rio, e um mar distante que me trará tudo, a seu tempo. Remedeio-me assim, sem ter que me esforçar, pois a minha sorte não mente e o meu corpo é um poço de prazer aniquilando a dor e perfurando espírito. Chegarei aos níveis superiores, sempre que deitar por terra estas loucuras. Outras ocupam ainda a minha mente, e aguardam uma irrepreensível troca de favores. Posso, e quero ser para lá da minha consciência, um mundo de verdades que me farão ver outras, as quais alcançarão a meta traçada. Tomá-las-ei como parceiras, num mundo que cresce nas mãos do destino, ao cobrir a terra com todas as sementes que fizeram de mim uma pessoa, entre tantas as que se conhecem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porque, ontem fui talvez um pingo da chuva, hoje ainda sou uma réstia de sol, assim como à noite, poderei ser um sonho vadio a alimentar a noite. Amanhã serei talvez um fio de vento, a querer levantar a raiz de um pensamento morto. Basta-me a semente, o caule, a flor e talvez uma pétala amarela. Basta-me o arado, e a terra. </div>
<div style="text-align: justify;">
Basta-me o sol a nascer dentro dos teus olhos. Bastas-me tu !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
ÔNIX in "A Voz do Silêncio"</div>
<div style="text-align: justify;">
(Conteúdo do blogue, ao abrigo dos direitos de autor)</div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-85494356014215360812015-06-03T14:58:00.002+01:002015-06-03T14:59:46.060+01:00Profecias <div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Há nos limiares do tempo </div>
<div style="text-align: center;">
um pendular suspenso que balança…</div>
<div style="text-align: center;">
e eu danço </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Mas o meu corpo é o reverso </div>
<div style="text-align: center;">
em ténue faísca onde nasce a luz </div>
<div style="text-align: center;">
uniforme do meu olhar </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Caminhos intransponíveis </div>
<div style="text-align: center;">
neste renascer </div>
<div style="text-align: center;">
onde o verbo É </div>
<div style="text-align: center;">
mas deixa de Ser </div>
<div style="text-align: center;">
quando consente verbalizar</div>
<div style="text-align: center;">
nos limites </div>
<div style="text-align: center;">
sobre o Cosmos reunificado</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-RFTkBVPXoBA/VW8HY_wvy5I/AAAAAAAAA0o/SLnd71nkH0c/s1600/221671_101194069967656_7974517_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-RFTkBVPXoBA/VW8HY_wvy5I/AAAAAAAAA0o/SLnd71nkH0c/s320/221671_101194069967656_7974517_n.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
- Como abrir os olhos e falar-vos sobre um cometa </div>
<div style="text-align: center;">
que rasgou a atmosfera neste leve balançar?</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Há um estado de fidalguia nos seus versos</div>
<div style="text-align: center;">
simples melodias esgrimam o ar</div>
<div style="text-align: center;">
mas esta espera…</div>
<div style="text-align: center;">
que sempre me desespera</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
- Ler-te no infinito...Poeta do meu altar</div>
<div style="text-align: center;">
é reescrever-me no mesmo lugar</div>
<div style="text-align: center;">
de onde me viste chegar…</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Leva-me sempre por novos trilhos </div>
<div style="text-align: center;">
que também pisa</div>
<div style="text-align: center;">
e sabe que o meu corpo se espreguiça </div>
<div style="text-align: center;">
nos seus versos </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Não cansa de me fazer doer</div>
<div style="text-align: center;">
é como sentir a terra a tremer...</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
- E o frio a encolher-me toda neste corpo preso à vida</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Já não posso caminhar sobre o seu ventre</div>
<div style="text-align: center;">
vou fincar-me na extensão breve do tempo</div>
<div style="text-align: center;">
e absorver dele a fina corrente </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Insígnia das utopias de um profeta</div>
<div style="text-align: center;">
que marcou encontro com certas profecias</div>
<div style="text-align: center;">
que sem saber se é poeta</div>
<div style="text-align: center;">
por Profeta ser </div>
<div style="text-align: center;">
remete-se para a magistral leveza do Ser </div>
<div style="text-align: center;">
*</div>
<div style="text-align: center;">
Poema em homenagem ao Poeta Filipe Campos Melo (Giraldof)</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
DM/ÔNIX, in Traços Indeléveis</div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-2981705656621416252015-06-03T14:51:00.002+01:002015-06-03T14:51:38.463+01:00Luminiscências<div style="text-align: center;">
Imagino-me em chão aberto</div>
<div style="text-align: center;">
cárcere de um tempo em que me sentia nua</div>
<div style="text-align: center;">
mendigando pelo pão-nosso de um dia só</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Abençoado aquele que me oferece as searas</div>
<div style="text-align: center;">
e me ilumina as noites</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Abençoado aquele que me esquece</div>
<div style="text-align: center;">
enquanto mendigo o Amor por outros caminhos</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-BysB8vhvjbo/VW8F3Mm0KlI/AAAAAAAAA0g/6g__TQlkzNs/s1600/BeFunky_pascoa2011%2B023.jpg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://1.bp.blogspot.com/-BysB8vhvjbo/VW8F3Mm0KlI/AAAAAAAAA0g/6g__TQlkzNs/s400/BeFunky_pascoa2011%2B023.jpg.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Santificadas sejam as vozes</div>
<div style="text-align: center;">
beatificados os corpos que descem à vida</div>
<div style="text-align: center;">
e que esta terra infame me cubra por inteiro</div>
<div style="text-align: center;">
e me reparta em pedaços</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Aguardo pelo sol</div>
<div style="text-align: center;">
ou pelo que resta dele, enquanto moribunda no teu olhar</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Que seja meu companheiro</div>
<div style="text-align: center;">
de um caminho a Norte</div>
<div style="text-align: center;">
que se submete à sorte de um aconchego a Sul</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Que acima de nós, se avistem os astros</div>
<div style="text-align: center;">
que me falem alto de um ponto</div>
<div style="text-align: center;">
em que te encontro</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Fiquei muda e quieta</div>
<div style="text-align: center;">
já nada me move deste espaço</div>
<div style="text-align: center;">
onde assento a minha dor</div>
<div style="text-align: center;">
porque te digo que há mais</div>
<div style="text-align: center;">
muito mais a Sul</div>
<div style="text-align: center;">
além desse mar que nasce no teu colo</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
ÔNIX in Traços Indeléveis (N/Editado)</div>
<div style="text-align: center;">
(Conteúdo do blogue ao abrigo dos direitos de autor)</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-38752576840317298752015-05-26T16:54:00.004+01:002015-05-26T16:55:18.071+01:00Dimensões V - PAZ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-AHsnbv7oy2M/VWSW64Odw5I/AAAAAAAAA0Q/b8gzZjvrSkw/s1600/tejo%2Be%2Bfranjas%2B038.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/-AHsnbv7oy2M/VWSW64Odw5I/AAAAAAAAA0Q/b8gzZjvrSkw/s400/tejo%2Be%2Bfranjas%2B038.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
Quero-me na tua paz, um sorriso mesmo que distante.<br />
Serei doação perene de sentimentos vivos, a cair na tua boca.<br />
<br />
Falas e eu calo.<br />
Andas e eu paro.<br />
Sorris e eu choro.<br />
Cantas e eu blasfemo.<br />
Dormes e eu finjo ter sono nos braços teus.<br />
Sonhas e eu carrego os fardos de sonhos meus.<br />
<br />
Porque não vejo as estrelas quando tu vês o céu?<br />
Porque durmo quando viajas sobre um mundo meu?<br />
<br />
Seremos um, quando nos ouvirmos no banco dos réus, e as águas nos lavarem os pés cansados das noites em que havia fagulhas no céu.<br />
<br />
Afogo-me nesse leito onde deponho as armas, sempre que do meu sonho me levanto, e te procuro nesse mar cansado onde descansas o teu.<br />
<br />
Quisera fazer do meu corpo a sonoridade do tempo, para no teu me encontrar quando a morte me vier visitar.<br />
Pudera morrer de mãos postas no vento, amarrá-lo ao meu corpo e levar-te comigo. Ser santidade num olhar que se perdeu.<br />
Quisera ser na tua boca, uma só noite em que sobre nós o inferno desceu.<br />
Pudera castigar-me nos momentos em que fujo de ti, sem saber onde me perdi.<br />
Quisera fazer da sorte que me calhou, uma fogueira no meu corpo, quando da tua boca bebi, e me fiz nascente e poente num sono meu.<br />
Pudera molhar o meu corpo, de doces lembranças nossas quando o rio se escondeu.<br />
<br />
Serei a paz que procuro, sempre que no teu corpo encontrares o meu.<br />
Serei a paz que mereço, sempre que na tua boca me levares ao cabo do mundo.<br />
Serei sempre eu, quando de mim arrancar a arte de bem namorar um sonho que se perdeu.<br />
<br />Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-10580346703679828512015-05-26T16:38:00.004+01:002015-05-26T16:38:40.011+01:00Dimensões IV - Abundância<div style="text-align: justify;">
Se viessem ouvir-me agora, dizia-vos que nem o sol me visitou nesta manhã cinzenta, e nem o céu se aconchegou nos meus olhos. Sei que o irei encontrar debruçado sobre as searas de trigo dourado. Encontrar-me-ei nos seus braços, quando nelas me deitar e a terra me limpar esta dor presente, por não saber onde moram as espigas de uma vida vazia, sem pão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quero mesmo que venham todos visitar este meu chão. Tenho flores do campo sobre a mesa, e cachos de uva despidos em toalha bordada à mão. A cerejeira ao fundo do quintal, apresenta-se nua com os seus ramos adelgaçados, depois que um bando de pássaros a visitou. Foi ali que repousaram os seus bicos esfomeados. Migalhas já não são bem-vindas a este chão. As toupeiras esburacaram a terra e levaram as espigas deixadas por engano, ou quiçá, por mera vontade do dono para uma boa distribuição das colheitas. Serão sempre de ano para ano, as visitas subterrâneas, que farão da terra, a revolta do Verão. Nós, por nada sabermos de seus corpos moles, iremos regar a terra e calcar com os pés, os refúgios nos buracos que foram fazendo enquanto dormíamos. Se soubermos a dose certa de um alqueire de milho, saberemos a certa medida da equitativa distribuição e nada nos fará mergulhar nesta amálgama, que é ter terra sem saber cozer o pão. Saberei então dizer-vos porque se foram as cerejas neste início de Verão, assim como se colheram os frutos no fim da estação. Saberemos que na mesa, haverá o vinho escorrendo na taça que vossos olhos afiançaram ser de puro cristal. Serei mosto no seu peito, e alma a lembrar o tempo em que ao relento, absorvia da terra odores fortes das primeiras raízes a crescer na terra húmida. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Lembro de um dia morto pela agrura dos tempos, em que o arado rasgava a terra e eu me deitava na terra, à espera que um pé de flor, viesse florir na palma da minha mão)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi essa a forma que dei à fome que trazia, quando o vi a caminhar sobre a terra, e dela fizemos o leito resguardado no nosso olhar. Deitámo-nos na maciez quente e lilás de bordados frescos, trazidos pelas aragens quentes da serra, e ali ficámos até ao nascer do sol. Esse círculo de fogo que caiu pela madrugada, esperou que nos honrássemos e nos saciássemos dos novos aromas quentes do Verão. </div>
<div style="text-align: justify;">
Temo que me queira ver vestida, mas eu, nua, disposta a tudo, para saborearmos este manjar dos deuses, enrolei o meu corpo a um manto de linho, pertença única desta mansão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-86009329926493323752015-05-26T16:32:00.002+01:002015-05-26T16:32:08.981+01:00Dimensões III - Felicidade<div style="text-align: justify;">
Vivemos um estado de pura apatia. Envolvidos num véu primário, permanecemos numa densidade que nos conduz no caminho da infelicidade. Outras vivências aguardam o tempo certo, para que nos sintamos parte de um mesmo círculo mas com novas formas, que nos indicarão o movimento certo do tempo, ainda que o sentido dos ponteiros do relógio, não refira de que lado se mostra o tempo, o nosso verdadeiro tempo, impedindo a entrada de elementos de um tempo morto, os quais já os sabemos caducos à nascença.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Teremos assim, a criação de novas realidades através da visualização de um conjunto infinito de possibilidades de que somos feitos. Foi para isso que viemos. Para a verdadeira transformação do mundo. Daí que, à semelhança de uma força criadora, nós somos os seus súbditos, para que nada falhe, quando tivermos presente o respeito a ter por cada ser humano, ocupe ele, o lugar que ocupar na sociedade. Este é mais um conjunto infinito de experiências. Através delas iremos decifrar a linha divisória que separa o medo do amor. </div>
<div style="text-align: justify;">
Se por todos os cantos da terra existirem diferenças, cujas distâncias não sejam loucuras, prontas a enfrentar outras loucuras, estaremos a contornar um círculo. Saberemos onde reside o mal; a criação da nossa mente arcaica e desnutrida de tudo o que nos fez na matriz original. Chegar a essa matriz, significa mudar hábitos e pensamentos, ao atingirmos uma outra fase de conhecimento. Assim, ele terá todas as células preparadas para que a mudança ocorra de uma forma leve. Entraremos num novo registo que tão bem conhecemos abandonado à nascença. Saberemos então, onde queremos mesmo ficar. Se numa esfera obliqua, ou se num circulo, onde as forças que temos, se surpreendam umas às outras e se conciliem com o novo tempo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ter presente esta realidade é saber que existe um marco que nos separa de submundos. Daremos um passo em frente, para conseguirmos decifrar a linha que irá formar uma nova dimensão. É nela que viveremos, segundo novos conceitos onde o amor pelo próximo nos mostre que só há um caminho para a felicidade. Esse caminho é a própria felicidade em forma de amor. Será essa, a força residual que nos fará estar em duas ou mais dimensões. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Resta escolhermos!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-86156692093742520492015-05-26T16:29:00.003+01:002015-05-26T16:29:37.531+01:00Dimensões II - SAÚDE<div style="text-align: justify;">
Ser capaz de me submeter a esta força é ter vontade de me limpar de todas as poeiras que a estrada largou e transformá-las em pontos luminosos. Serão esses que permitirão dizer-me no teu corpo, quando cair sobre ti esta mortalha húmida, abandonada há muito tempo sobre mim, quando ainda não sabia deste espaço fechado à minha visão. </div>
<div style="text-align: justify;">
Abrir os olhos, alcançar este foco e desenhar nele as pétalas de uma flor, formando o Lotus que envolve o teu coração, é sentir que nas mediações do meu corpo, há uma corrente morna que me transforma e me coloca em perfeita comunhão com o Universo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Viver esta plenitude num sentido universal é saber que num outro estado, reside tudo o que nos traz felicidade. Saber que ao abrir todos os poros da minha pele, permitindo a entrada desta força residual em forma de AMOR, é ter a certeza de que lá abri a porta maior, a entrada principal para que aqui, eu sinta que tudo me pertence. Abrir-se-ão todos os canais para que a chama, ao atingir o centro cardíaco, provoque a tal explosão que irá criar novas energias e transformá-las. Será esta, que fará renascer novas cores e os novos circuitos que se criaram em todas as mediações do meu corpo. Expandir-se-ão até atingir de novo a origem, transmutando e revigorando todo o sistema energético.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Será este o modo que me permitirá abrir a Ti e consolidar os vários estados que meu corpo assimila para te poder dizer, que ele é uma fonte que se mantém presente, sempre que quiseres beber do supremo todas as imagens longínquas. Se te deitares e lhe souberes ouvir todos os segredos guardados, eu acatarei para mim as várias formas que o teu corpo apresenta, sendo a fonte nova de todos os momentos por nós revigorados. Será esta a nova dimensão, para que em nós continue a revigorar a dimensão do AMOR.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-9359863989266024932015-05-26T16:26:00.003+01:002015-05-26T16:26:21.093+01:00Dimensões - I AMOR<div style="text-align: justify;">
Ser capaz de me inteirar de um mundo que cai sobre os meus ombros, é saber onde reside a força que me ligará ao pai, e que por ligação directa, me direccione à mãe. É nesta que me entrego, esperando que me forneça os ingredientes necessários, de modo a poder vivenciar uma dimensão que me escolheu num momento preciso. É onde sempre te procuro, sem no entanto conseguir que meus olhos se abram, tal a cegueira que me tolheu e me desenraizou. Sei de outras realidades tal o véu que nos separa que pode a qualquer momento denunciar-nos, nesta vertente estimuladora, onde deposito o meu corpo, a minha mente e o meu espírito. Resta saber então de que lado eu quero estar, quando por forças extras que tão bem conheço, me entrego a esta sujeição, onde a dor é pertença única por meios que me são adversos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Contudo, saber que são as mesmas forças que me criaram, é entregar a minha vida a uma loucura emergente de uma fonte esgotada. A Fonte é e será única. Na terra pousaram já todos os enviados, alicerçados na conjuntura de um mundo, que aguarda por todos os outros, que ainda nascerão de um ventre revigorado e preparado para a nova ordem dimensional. Paradigma de uma inteligência emocional, onde a verdade se enraizará e fortalecerá. Farão voar as suas mensagens, enveredando por caminhos mais consentâneos com as suas verdades. Nesta instabilidade emocional, posso entregar o meu corpo e ficar com uma parte dessa visibilidade que me traz sempre à superfície para respirar. Outra força, pintada em tela fresca da minha memória, faz-me desejar-te: amor no meu amor, vida na minha vida, suor no meu suor, pele na minha pele absorvendo e expelindo odores até ao último suspiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Serão estes momentos que farão submergir as figuras desenhadas, pela minha capaz e interior motivação para voltar à origem. Nela, visualizo os traços que me fazem ir e voltar nesta roda-viva que é a vida. Um olhar novo, focalizado e entrecruzado geometricamente, indica-me sempre vários caminhos. Encontrarei neles uma ou várias formas de o desenhar. Se escutar os sinais que me dirão de um mundo traçado através da união vs concentração de vórtices giratórios, encontrarei na base de um triângulo, a forma capaz de me dizer de uma vida, em função de um sonho paralelo que me aguarda na junção das duas arestas que se confinam na união de dois pontos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Para que as formas se mantenham intactas ao meu olhar, terei que abrir o véu, dar um passo em frente e entrar numa outra dimensão, capaz de me elevar a outros mundos que sempre lá estiveram à minha espera. Serão sempre notas em escalas ínfimas de Dó a Dó…</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aí permanecem todos os seres que habitam um corpo, se ele se dispuser a viver para o mundo e com ele renascer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-62059979448945298362015-05-26T10:27:00.002+01:002015-05-26T16:14:47.248+01:00As palavras que sempre te direi<div style="text-align: justify;">
Livres no pensamento serão todos os que puderem assimilar a verdade da única sílaba tónica, que sem o poder de acentuar palavras se desprende de um voo lento para cair nas correntes fortes de um rio. Na verdade serão únicas, as várias tonificações das palavras que se encolhem e se preparam para novos voos mais profundos. Ali estaremos nós para as acolhermos nas suas verdades, nos seus propósitos de serem fontes inesgotáveis, enquanto mantivermos esta força única de um ponto. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; mso-shading-themecolor: background1;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Viver além da dor é sentir no corpo esta força viva, pronta para aperfeiçoar um pensamento pontificado. Ela, levar-nos-á para um local desprotegido se não mantivermos a ligação à chama que sempre se mantém acesa, para dali recebermos todos os ingredientes que necessitamos, de forma a deixarmos a vida acontecer sem dela fazermos grande aparato.<br />
Ter presente na nossa mente, que há nós que se desatam e outros que se assemelham a formas continuadas e enroladas à nossa cintura, é sabermos igualar os gestos de um corpo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-XYvTq3BD5rQ/VWRAv4qKgLI/AAAAAAAAAzw/YjucVbqOufM/s1600/agosto%2B2014%2B069.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="257" src="http://2.bp.blogspot.com/-XYvTq3BD5rQ/VWRAv4qKgLI/AAAAAAAAAzw/YjucVbqOufM/s400/agosto%2B2014%2B069.JPG" width="400" /></a></div>
- Quero muito ser livre. Quero muito encontrar-te nessa tua realidade. Quero que tudo o que venha desse ponto minúsculo se mantenha como rastilho na minha mente. Preciso dessa leveza solta nas minhas ideias, para que te possa sentir a viajar por todas as artérias que transportam as correntes sanguíneas do meu corpo. Sem isso, só o nada terei para te dizer, porque não te sinto certeza na minha verdade, nem verdade na minha realidade. Vejo-te eu, sem saber de mim. Sinto-me Tu sem saber de ti e não suporto esta dor perfilada no meu pensamento quando te penso solto(a) por aí. Gostava de poder deixar-te ir, mas não estou ainda preparada para essa verdade que já existe desde que nasci.<br />
<br />
Este medo, esta loucura presente, esta lucidez inconsequente que me transforma anulando-me por completo, são o cárcere onde habito se não souber encontrar o ponto fulcral onde tive início. Preciso saber-me na cor deste espaço fechado, encontrar-me com esta solidão e questioná-la sobre as nossas mais exactas verdades, num momento expandido nos nossos corpos, envoltos por fragrâncias, fiéis depositárias de novos conhecimentos da vida por detrás de vidas. Sei que há um deles que só eu poderei conhecer. Será a dádiva presente de um conhecimento inalterável quando dele me aproximar no preciso momento em que souber deixá-lo ir.<br />
<br />
Serei sempre aquela que te disse um dia de um amor presente, de uma dor constante, de uma vida que sem ser vida num instante é aquela que escolhi para te dizer de mim. Viverás nesse encolher de ombros, ou nessa expansão dos gestos sempre que quiseres lançar para a atmosfera um sentimento que nada te diz. Eu, feliz por assim ser, voo junto e ficarei sentada à tua espera, porque sei que um dia chegarás lá, a esse ponto minúsculo mas gigante na leveza de um olhar feliz. Esse não terá cor, nem te trará o sol, nem a lua nem tão pouco as estrelas mas tão só a vida que escolhi para mim, quando te disser:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
AMOR – a única palavra que me faz viver em liberdade em busca da harmonia de um corpo que se abrirá sempre e fará de todas as estações, a Primavera dos Tempos. A única palavra que transformará as minhas ideias num sentimento capaz de dizer que AMO, quando conseguir fazer-te a saudação de dentro da minha solidão por saber que a chama que me alimenta, nasceu também em ti, de um sentimento que sempre me acompanha, tonificando todos os pontos que já começam a formar novos traços na composição aquosa do meu corpo.<br />
<br />
MEDO – a única palavra que me faz querer, sem saber o quê, por ter nos olhos um véu primário, e saber de um verbo refratário proveniente da minha memória. Sentir que este sentimento que me alimenta, é composto por partículas desagregadas de um todo que nos uniu, mas que, também elas por se terem perdido, criam este efeito paralisador alternado com o pensamento. Não o quero perdido por aí, porque para me sentir ainda a sentir, terei que saber dele, de mim de nós. Que fique então neste patamar onde guardo todos os meus segredos, mas que não seja segredo para mim, porque não quero perder-me quando pensar em procurá-lo.<br />
<div>
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-50423466312153954832015-05-26T10:01:00.005+01:002015-05-26T10:01:41.400+01:00Nos braços dos homens<br />
<div style="text-align: center;">
Tinham todos um corpo inteiro</div>
<div style="text-align: center;">
Que vinha lá do tempo sem tempo</div>
<div style="text-align: center;">
Chegavam todos os braços dos homens</div>
<div style="text-align: center;">
Resgatados do mundo sem fundo</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Eram os velhos e os novos</div>
<div style="text-align: center;">
Eram os homens </div>
<div style="text-align: center;">
E os braços dos homens</div>
<div style="text-align: center;">
Eram as mulheres de barrigas cheias</div>
<div style="text-align: center;">
Que pariam nos braços dos homens</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-0i8CXz7MHno/VWQ2Ls6rmaI/AAAAAAAAAyI/dUDg9CxN4W0/s1600/serra%2B2015%2B003.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="http://2.bp.blogspot.com/-0i8CXz7MHno/VWQ2Ls6rmaI/AAAAAAAAAyI/dUDg9CxN4W0/s400/serra%2B2015%2B003.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
Todos juntos eram todos</div>
<div style="text-align: center;">
Menos os outros que ficaram</div>
<div style="text-align: center;">
A braços com a terra arada</div>
<div style="text-align: center;">
Sem rumo e sem mundo choraram</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Chegavam todos de corpo inteiro</div>
<div style="text-align: center;">
Eram os velhos e os novos</div>
<div style="text-align: center;">
E eram as crianças de colo</div>
<div style="text-align: center;">
Ainda nos braços dos homens</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Carregavam a dor de um parto</div>
<div style="text-align: center;">
Que ficou à parte dos homens</div>
<div style="text-align: center;">
Vinham todos de um degredo</div>
<div style="text-align: center;">
Vinham as mulheres e os homens</div>
<div style="text-align: center;">
Vinham os velhos e os novos</div>
<div style="text-align: center;">
Vinham os fardos de palha</div>
<div style="text-align: center;">
Que a foice ainda lembrava</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
As mulheres de barrigas cheias</div>
<div style="text-align: center;">
Pariam nos braços dos homens</div>
<div style="text-align: center;">
E as crianças que eram de colo </div>
<div style="text-align: center;">
Ainda de braços estendidos</div>
<div style="text-align: center;">
Caiam dos braços dos homens</div>
<div style="text-align: center;">
Caminhavam descalças nas ruas</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Choravam todos juntos</div>
<div style="text-align: center;">
Junto às mães que de barrigas vazias</div>
<div style="text-align: center;">
Se jogavam nos braços do mundo</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Era um mundo lá do fundo</div>
<div style="text-align: center;">
Do tempo dos braços dos homens</div>
<div style="text-align: center;">
Era um tempo de degredo</div>
<div style="text-align: center;">
À conta do mesmo medo</div>
<div style="text-align: center;">
Que caia nos braços dos homens</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
DM/ÔNIX</div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-61700687412833591912011-06-29T09:10:00.004+01:002011-06-29T09:16:34.729+01:00Para além do Limbo - De Liliana Jardim<a href="http://1.bp.blogspot.com/-CD12R0Xg_Eo/Tgre4l6S9eI/AAAAAAAAAvI/Cxx1fFjixRo/s1600/thumb_pic_1329_487e973b6d95b.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 210px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5623552148556150242" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-CD12R0Xg_Eo/Tgre4l6S9eI/AAAAAAAAAvI/Cxx1fFjixRo/s320/thumb_pic_1329_487e973b6d95b.jpg" /></a><br /><br /><div><br /><div align="center">Seca-se o pranto no mar</div><br /><div align="center">das ribeiras translúcidas</div><br /><div align="center">de margens enlameadas</div><br /><div align="center">murmurando gotículas</div><br /><div align="center"></div><br /><br /><div align="center">Secam-se as estrelas</div><br /><div align="center">nas noites sem cor</div><br /><div align="center">das planícies lunares</div><br /><div align="center">raiadas de dor</div><br /><div align="center"></div><br /><br /><div align="center">Secam-se os cometas</div><br /><div align="center">trajados de sol dispersos</div><br /><div align="center">na poeira cósmica da morte</div><br /><div align="center"></div><br /><br /><div align="center">Declina-se o corpo no entardecer da vida</div><br /><div align="center">fausto de partir</div><br /><div align="center">na transparência da luz</div><br /><div align="center">no ensejo final de renascer</div><br /><div align="center">na alvorada de todas as coisas</div><br /><div align="center">feito vida encadeada</div><br /><div align="center">na orla de si</div><br /><div align="center"></div><br /><br /><div align="center">E para além do limbo existe o limite</div><br /><div align="center">a essência de se querer ser vida</div><br /><div align="center">num parto parido algures…</div><br /><div align="center">dentro de si</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">Liliana Jardim</div></div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-78752892690714270872011-05-18T15:05:00.001+01:002011-05-18T15:07:20.117+01:00tarde infinita de ternura azul (de Et Freire)<a href="http://1.bp.blogspot.com/-jRsQWT6Ujac/TdPSZm-R2MI/AAAAAAAAAuk/VQ7lnSc4jVA/s1600/222761_1544921363226_1840778083_975953_2533471_n.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5608057298406725826" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-jRsQWT6Ujac/TdPSZm-R2MI/AAAAAAAAAuk/VQ7lnSc4jVA/s320/222761_1544921363226_1840778083_975953_2533471_n.jpg" /></a><br /><br /><div align="center">tarde de infinita ternura azul<br />de Primavera,<br />límpida,<br />Céu dourado<br />que desce às casas<br />no calor dos gestos<br />e dos encontros.<br />sorriso aberto.<br />vida em movimento<br />de promessas...<br />sonhos de arestas<br />que a ironia e a alegria<br />desenham<br />como um dístico<br />na fachada batida<br />da tarde quente<br />de Primavera.<br />lá fora as árvores dançam<br />e folhas riem anónimas<br />e aquele prazer<br />de contentamento...</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">Et Freire</div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-70659916358358376862011-03-30T17:09:00.005+01:002011-03-30T17:26:34.118+01:00Lugares de Passagem de José Brás<a href="http://1.bp.blogspot.com/-scrnxT5BtcI/TZNZSbESnKI/AAAAAAAAAuU/Oez7yMPzHg0/s1600/lugaresdepassagemcapafr.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 155px; FLOAT: right; HEIGHT: 220px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589909735535189154" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-scrnxT5BtcI/TZNZSbESnKI/AAAAAAAAAuU/Oez7yMPzHg0/s400/lugaresdepassagemcapafr.jpg" /></a> <a href="http://2.bp.blogspot.com/-Y8jN3CcIGtI/TZNY_ARIQ4I/AAAAAAAAAuM/TfcPr_v8nmM/s1600/lugaresdepassagemcapafr.jpg"></a><br /><div align="justify">"(...) Depois quem sou eu?</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Um aldeão, que tendo um dia largado a burra e carroceca na imaginação ingénua da cidade, no meio caminho se quebrou, indeciso e perturbado. Dividido entre a dor no corte das raízes velhas e na falta que lhes sente, e o permanente esbravejar de novas, buscando novos alentos.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Terra de vinhas foi aquela onde nasci, Aldeia de homens nados do amor que se faz entre gentes e cepas.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Aldeia de mulheres-terra. De mulheres rasgando o ventre por parir machos e ao macho abrindo as pernas como terra que ao arado se abre e no ventre recebe os adubos da multiplicação. Mulheres que à terra dão os filhos mal-paridos.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">E fui vento, ai fui chuva, fui sol, e nuvem, e riso, e choro...e esperança maior que o cume da colina que me acabava o mundo, ali tão perto. e fiz-me seiva, e bagos d'uva, e mosto, e vinho tinto, e vinho branco. Vinho acre, vinho doce, vinho-canga, vinho sonho!..."</div><br /><div align="justify">José Brás in "Lugares de Passagem" - Chiado Editora</div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-44063674037101010012011-02-23T11:54:00.001+00:002011-02-23T11:56:08.502+00:00Às Escuras Encontro-te - O Livro<div align="justify"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-BEqj1QNmGBs/TWT1z-mg5OI/AAAAAAAAAuE/-ob7UX0ZSUg/s1600/cond1.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 254px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5576852511918187746" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-BEqj1QNmGBs/TWT1z-mg5OI/AAAAAAAAAuE/-ob7UX0ZSUg/s400/cond1.jpg" /></a><br /><div align="justify">Nota de Autor:<br />Esta é a minha comunicação ao leitor, passando pelo crivo que me traz sempre uma nova forma de pensar, sujeitando-me às ideias impostas pelo meu subconsciente, consciencializando-me a mim e a vós, de que há muito para sentir, há muito para ver, há muito mais ainda para esclarecer, num mundo de imagens que nos são direccionadas de fora para dentro, passando para o exterior através de outras mais límpidas e transparentes. Mas será que esse interior de cada um de nós, servirá de ponte para que os elos sejam dourados na magnificência das cores, dos movimentos, das semelhanças, caracterizando um “modus vivendus” actualizado? Previno-vos que este livro se adequa apenas ao leitor pronto e de espírito liberto. E questiono-me se esta será a melhor literatura que haverá no momento. Pois…<br />Não se trata de romance, não se trata de ficção, nem tão pouco de narrativa, mas será sim uma autêntica ficção dentro de um mundo que se nos apresenta fictício, descrevendo os contornos de uma história que poderia ser verdadeira, que poderia transformar este livro, numa autobiografia. De biográfico tem pouco. É somente um momento nos diferentes compostos químicos, auto-merecedores de atenção, bio-compostos por fragrâncias libertas para a atmosfera. Ele, transporta-nos para esse mundo do qual tentamos sempre fugir, a não ser que tenhamos a capacidade de podermos assumir-nos nas nossas mais eloquentes formas, umas vezes bizarras, outras inseridos numa compilação vs normalização dos gestos diários.<br />No capítulo II, escrevi:<br />Este é mais um degrau na subida vertiginosa que se apresenta em várias partes do meu corpo. Uma visita guiada pelas minhas experiências enquanto necessidades básicas do meu corpo, da minha mente e do meu espírito. Este é um mundo onde me poderão encontrar, encontrando-se, basta que para isso, saibam viajar comigo através das nossas semelhanças e aí, seremos um só, numa caminhada silenciosa por entre uma multidão. Pensei nas ferramentas adquiridas, e que talvez tenham uma quota parte de responsabilidade por estas experiências de cariz transcendental. Tudo aconteceu ao mesmo tempo. Abriram-se canais, sujeitei-me a Ti, numa viagem até aos confins do Universo, e dei comigo a escrever sobre isso, começando por descrever a primeira viagem, passando pela minha visão do reiki, corpo espelho, meditação, chikung…etc. Dêem-me a honra da vossa presença e garanto que há sítios escondidos debaixo das minhas palavras que não conhecem:<br />Se quiserem então viajar num espaço inédito, sujeito às várias circunstâncias que este livro nos apresenta, terão que abrir as portas e, assim sendo, colocar-vos-ei perante uma só palavra - AMOR.<br />É este o mote do livro. Amor em todas as vertentes socializadas vs sociabilizadas, por força maior de uma mente que se fechou ao mundo externo durante duas semanas e viveu e plenitude dos mundos extra-sensoriais e de tudo o que a vossa imaginação puder alcançar.<br />A saber pelos capítulos:<br />Capitulo I- Versando o Amor: Um amor meu, aquele amor que sabemos que existe mas que nunca sentimos a entrar-nos pela porta da frente. Um sentir silencioso, quente, que nos diz de outras realidades extra-sensoriais. “Há um prenúncio de qualquer coisa mesmo antes de o ser… Esmiúço os sentidos até descobrir o que me leva por estes meandros da vida já gasta…”<br />Capítulo II - Energias subtis, outra forma de amor: Um encontro com outras realidades que versam o amor em termos práticos, mas ao mesmo tempo sob a forma de energia em movimentos subtis. Uma forma de estar e viver segundo conceitos básicos de como se ser Pessoa no meio de tantas as que conhecemos, e que sem saberem como por vezes actuar para serem pessoas, o vão sendo. Foram também estas práticas que me levaram ao encontro do encontro amoroso de que falo neste livro, e que vivendo em mim em forma de Amor, é uma forma de estar que me dá prazer. Aqui, irão ter contacto com algumas informações básicas do conhecimento geral sobre reiki, sistema de corpo espelho, meditação, chikung…etc.<br />Capítulo III – Cá e Lá - A Ponte: Após o capítulo anterior, chegou então o momento de vos fazer chegar as minhas experiências pessoais a um nível subtil e transcendendo o da realidade física, indo ao encontro do amor que me visita nas noites em que me abro a ELE. Forças do além, amor feito energia residindo em mim ? Seja o que for, e os nomes que lhe queiram dar, foi sentido no meu corpo de uma forma intensa. “Penso-Te e estás presente no momento, numa sintonia perfeita”<br />Capítulo IV – Vale do Silêncio: Encontros numa realidade que é a nossa, aqui nesta terra que nos viu nascer, onde os corpos se tocam e os olhares se cruzam para um amor prestes a acontecer. Mas algo impede esta ligação que nos poderia levar à prática de “um sexo sedutor”, após os toques e carícias de almas solitárias. Sou apenas acolhida por um vale do silêncio que se alonga a cada dia passado. “O seu brilho ténue, conduz-me para o meu silêncio e enrosco-me no seu círculo mágico”.<br />Capítulo V – Outros Sons: O último capítulo do livro, encerrando-o por ter finalmente encontrado o mesmo tipo de energia que me lo fez escrever. No entanto, os sons tornam-se deveras evidentes que são só audíveis para mim. Existe talvez uma força que desconheço e que está em redor de mim, para me lembrar que o conhecimento da verdade não está ainda na mesma proporção com o que espero da vida. O AMOR, encontra-se num caminho único onde se encontra tudo o resto. Este encontro final teve como ponto de partida, um ponto a tocar o infinito, estendendo-se esta trama de um nível “mais terreno”, terminando com um poema “Quero que sintas que por ti eu sou”.<br />Espero sinceramente que este livro vos diga algo e faça algum sentido a todos de vós.<br /><br />Dolores Marques</div><br />************************<br /><br /><br /><br />Apresentação, dia 26 Março, 2011, Campo Grande, 56 - Lisboa<br /></div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-84305308607816943112011-01-21T13:28:00.007+00:002011-01-21T13:39:04.503+00:00Agora a Tarde (De Ricardo Kersting)<a href="http://2.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TTmL2kx0XpI/AAAAAAAAAt4/30TCKmdcktY/s1600/63581_171565316209405_100000678131741_423506_7626280_n.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 300px; FLOAT: right; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5564632584294784658" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TTmL2kx0XpI/AAAAAAAAAt4/30TCKmdcktY/s400/63581_171565316209405_100000678131741_423506_7626280_n.jpg" /></a><br /><div><br /><div align="center">Vejo o tempo agora</div><div align="center">o caminho das cortinas de janeiro</div><div align="center">e ainda as canções que nem fiz.</div><div align="center"></div><br /><div align="center">Perco sobre minha mesa os</div><div align="center">papeis riscados e desordenados</div><div align="center">onde em alguns, alguma frase lembraria teu nome.</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center">Hoje minha visão é turva, mas serena</div><div align="center">a manhã nasceu amena</div><div align="center">há completa paz</div><div align="center">no cantar das cigarras.<br /></div><div align="center">Havia um canto</div><div align="center">onde te eternizaria.</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center">Agora é tarde...</div><br /><div><a href="http://queropoema.blogspot.com/"><span style="color:#ffffff;">http://queropoema.blogspot.com/</span></a><span style="color:#ffffff;"><br /></span></div><div align="center"></div><div></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Ricardo Kersting nasceu em Porto Alegre RS. Em 26 de março de 1953.Começou as atividades artísticas ainda adolescente, com escult<a href="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TTmLhMvLvTI/AAAAAAAAAtw/WUMj9fLEjXc/s1600/DSC_0359.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; FLOAT: left; HEIGHT: 268px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5564632217064029490" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TTmLhMvLvTI/AAAAAAAAAtw/WUMj9fLEjXc/s400/DSC_0359.JPG" /></a>uras em madeira e pequenas peças de argila queimadas nos fornos de pão. Em 1978 iniciou estudos de artes no Atelier livre onde ficou até 1983. Após realizou cursos de desenho e desenho da figura humana. Com o mestre Jorge Kersting estudou fundição em bronze. Autoditadata em gravação sobre metais e incrustação (Inlay) artística. Durante o início de seu aprendizado, trabalhou voluntariamente em pedreiras, onde aprendeu o corte de diversos tipos de rocha....(....)</div><br /><div align="justify"><br /><a href="http://kerstingesculturas.blogspot.com/"><span style="color:#ffffff;">http://kerstingesculturas.blogspot.com/</span></a></div></div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-27653107823012750662010-12-06T12:33:00.004+00:002015-05-26T12:27:59.963+01:00Palavras ao vento (Para ti Onix) de Guel.Vaques<div align="center">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TPzZXyhtEVI/AAAAAAAAAtE/pJWOoUswIKU/s1600/3188693.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547547843736965458" src="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TPzZXyhtEVI/AAAAAAAAAtE/pJWOoUswIKU/s400/3188693.jpg" style="cursor: hand; display: block; height: 300px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a>(foto D.M.) </div>
<br />
<br />
<br />
<div align="center">
Passou<br />
Uma asa<br />
Solta no vento<br />
<br />
Trago um jardim no bolso<br />
E a vontade de sonhar o mundo<br />
Espelhada nos olhos<br />
Que elevo às estrelas, todas as noites.<br />
<br />
Ao alcance de um braço.<br />
Trago preso no dedo, com um fio de lágrimas<br />
Um balão cheio de vozes<br />
A roçar o céu, de nuvem em nuvem.<br />
<br />
Cansa-me o silêncio.<br />
(Não sei quando voltarei a mim, de novo<br />
Não sei onde me leva este caminho).<br />
<br />
Invade-me por dentro<br />
A dúvida, sobre a direcção do vento.<br />
Resgato todas as caravelas naufragadas.<br />
Iço velas nos mastros quebrados<br />
À intensidade do som<br />
E parto, a navegar<br />
Pela latitude da alma<br />
Onde o mar distante, se torna mais distante.<br />
<br />
Ficou<br />
A sensação<br />
Que tudo é tão pouco<br />
Nas asas do tempo<br />
<br />
São cinzentos invernos<br />
De noites e de lágrimas<br />
A engrossar o rio, a desaguar no oceano.<br />
Ao sabor da corrente<br />
Que se estende<br />
Em volta dos homens sós.<br />
<br />
É nessas mãos, vazias<br />
Onde se afundam os sonhos.<br />
É quando o tempo pára suspenso<br />
E entristece, por não saber dos teus passos<br />
Dos teus dias, dos teus lugares…<br />
<br />
É quando o rio acorda, nas pedras de um farol<br />
Que não te sabe da janela fechada à noite…<br />
E mesmo que as estrelas não te sigam<br />
O seu brilho está dentro de ti.<br />
Seja por um segundo de noite<br />
Seja em todas as noites<br />
Elas continuam a cair, do céu.<br />
Há um plano superior<br />
Onde confluem todos os ventos horizontais<br />
Que sopram nas tuas palavras.<br />
<br />
Agradeço ao Nuno Marques por esta dedicatória</div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-6103213041898350302010-11-13T20:04:00.006+00:002010-11-15T22:48:30.498+00:00Qual é o meu rumo (de José Fernando Lobo Duarte)<div align="center"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TN7x1rJsbqI/AAAAAAAAAss/0tBNoelgchI/s1600/5735_1173737831090_1457381940_472555_8082985_n.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 198px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539130496131034786" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TN7x1rJsbqI/AAAAAAAAAss/0tBNoelgchI/s400/5735_1173737831090_1457381940_472555_8082985_n.jpg" /></a> (aguarela de Fosé fernando Lobo)</div><div align="center"></div><div align="center"><br /><div align="center">Qual é o meu rumo<br />qualquer lugar onde durmo<br />é um bom costume<br />pra sonhar com você.<br />Acordo e aponto no firmamento<br />...as coisas felizes<br />que vejo no teu olhar<br />e mesmo que o meu pensamento pareça distante<br />agradeço á vida ser o teu amante.<br /><br />E até parece que esta minha esperança<br />não vai acabar<br />eu serei criança<br />parada no teu olhar.<br />Qual é o meu rumo<br />qualquer lugar onde durmo...<br />Ver mais<img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 199px; DISPLAY: block; HEIGHT: 299px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539128547042172082" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TN7wEOOsnLI/AAAAAAAAAsk/BBqq3VT3DJU/s400/untitled.bmp" /></div><br /><br /><p align="center">(José Fernando Lobo Duarte, Poeta, Pintor, amigo, obrigada pela partilha)</p></div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-81765579740802502182010-11-08T12:44:00.001+00:002010-11-08T12:45:25.728+00:00Esperar<a href="http://2.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TNfw3V-Ti0I/AAAAAAAAAsc/ea1mZoD_E6E/s1600/152bf86b024f79854a47219eb92ea883_web%5B1%5D.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5537159100457257794" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TNfw3V-Ti0I/AAAAAAAAAsc/ea1mZoD_E6E/s400/152bf86b024f79854a47219eb92ea883_web%5B1%5D.jpg" /></a><br /><div>esperar para conseguir entender as várias orientações que me querem levar onde não quero ir: </div><br /><div></div><br /><div>será que consigo atingir o cabo do mundo e voltar a tempo de encontrar as mesmas ordens, orientando as massas e desconfigurando os novos sistemas impostos pela única ordem vigente num mundo a cair aos bocados?</div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-91907409221159338822010-10-19T12:14:00.001+01:002010-10-19T12:17:09.125+01:00Doidices<div align="center"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TL1-GsFROZI/AAAAAAAAAr0/o2ziyxLvzmw/s1600/medo.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 367px; DISPLAY: block; HEIGHT: 347px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5529714570858412434" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TL1-GsFROZI/AAAAAAAAAr0/o2ziyxLvzmw/s400/medo.jpg" /></a>(Imagem google) </div><br /><br /><div align="justify">Palavras estão a milhas de serem verdades inteiras na arena, onde sempre as encontro envolvidas em chacinas de um milhão de letras que fogem sempre que a mão lhes pega de frente.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Há pegas que até se podem ver, outras nem por isso me dou ao trabalho, mesmo que entendesse como pegar o touro pelos cornos. Há touros que se defendem e bem desse tipo de pegas, que ultrajam tudo e todos, sempre que fazem uma boa pega. Rodopiam, rodopiam e somem-se na poeira ensanguentada. São como certas palavras que até se encolhem, sempre que lhes cheira a sangue de uma mão esfolada de tantas pegas fazer. Ela cai no pó, na merda, na chafurdice, mas ainda assim, se ressalva o brilho do anel em coroa, onde tem gravadas as palavras: "Amem-me, odeiem-me, ou então, esqueçam-me na arena. Lá, há merdas que ainda me aturam as doidices de querer escrever poemas".</div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-81581952388673156202010-09-18T09:59:00.003+01:002010-09-18T10:10:26.588+01:00Rabiscos da Alma - de Mefistus<a href="http://1.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TJSBsVVV7SI/AAAAAAAAArU/y1YsHmXv7NM/s1600/2914502769_small_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 149px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5518178042076589346" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TJSBsVVV7SI/AAAAAAAAArU/y1YsHmXv7NM/s200/2914502769_small_1.jpg" /></a><br /><div align="center"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Nascido em Lourenço Marques a 17 de Janeiro de 1973, filho de pais Portugueses, Rogério Paulo Peixoto vem para Portugal com três anos de idade, ficando a residir na periferia do Porto. Segue a área de Humanísticas, no Externato D. Duarte, ingressando em 1991 na Universidade Lusíada, no Curso de Direito. Actualmente a residir em Penafiel, estreou-se no Mundo Literário em 2007, com a obra “A Luz das Estrelas – Mefistus”.</div><div align="justify"> </div><div align="center"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TJSAPJ5lYYI/AAAAAAAAArE/SrtLJ0xzl3Y/s1600/garfitis+066.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5518176441279537538" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TJSAPJ5lYYI/AAAAAAAAArE/SrtLJ0xzl3Y/s320/garfitis+066.JPG" /></a> (foto, Dolores Marques in Grafitis - uma arte no escuro)</div><br /><br /><div align="center">O inicio de tudo</div><div align="center">O principio de mim</div><div align="center">Em rabiscos de alma</div><div align="center">Em letras de cetim.</div><div align="center"></div><br /><div align="center">O inicio...</div><div align="center">O começo</div><div align="center">O recomeço</div><div align="center">O desespero</div><div align="center">Inquieto.</div><div align="center"></div><br /><div align="center">Rabiscos de Alma</div><div align="center">O meu devaneio</div><div align="center">O mundo de permeio</div><div align="center">Tudo é verdadeiro</div><div align="center"></div><br /><div align="center">Sou este que vos escreve</div><div align="center">Sou eu quem vos descreve</div><div align="center">A ilusão de vos escrever</div><div align="center">Um dia...até morrer! </div><div align="center"></div><br /><div align="center">Mefistus</div><div align="center"><a href="http://rabiscosdealma.blogspot.com/">http://rabiscosdealma.blogspot.com/</a></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="justify">Mefistus se algum dia eu me dispuser a ler-te o inverso, terei a maior surpresa que um olhar poder ter, e a alma será uma fonte de inspiração para ti e para mim, quando nos juntarmos e nos dissermos, sem qualquer tipo de vaidade, ou descuido pela escolha das palavras.</div><br /><div align="center">Gosto do que escreves e muito. Obrigada</div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-48593929033911007952010-09-09T17:38:00.004+01:002010-09-09T17:41:47.158+01:00Enigma (para Alcantra)<a href="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TIkOI8iEaqI/AAAAAAAAAq8/qUjTpJutX2g/s1600/av1114_1270687918.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 125px; FLOAT: left; HEIGHT: 131px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514954765542648482" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TIkOI8iEaqI/AAAAAAAAAq8/qUjTpJutX2g/s320/av1114_1270687918.jpg" /></a><br /><div><br /><br /><div align="justify"><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TIkMx1I1UqI/AAAAAAAAAqs/JHbzczFoDRw/s1600/madeixas2+029.jpg"></a>Como decifrar um enigma que está presente até no seu respirar, na movimentação dos seus olhos sobre uma folha em branco, sobre um telhado sobreposto, onde os pássaros fazem o ninho e simplesmente se amam se respeitam e partem rumo à liberdade dos seus sonhos?<a href="http://1.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TIkNknuPc0I/AAAAAAAAAq0/uZ922bIrWzA/s1600/madeixas2+029.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 240px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514954141481268034" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TIkNknuPc0I/AAAAAAAAAq0/uZ922bIrWzA/s320/madeixas2+029.jpg" /></a></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Gostei do que li de Alcantra, aqui:<br /></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div><a href="http://www.worldartfriends.com/modules/publisher/article.php?storyid=31119">www.worldartfriends.com/modules/publisher/article.php?storyid=31119</a></div></div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-42925531055756590812010-08-30T23:59:00.004+01:002015-05-26T12:29:23.946+01:00ônix<a href="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/THw6_FJ8-kI/AAAAAAAAAps/6hKclTk3eW4/s1600/BRINCO~1.JPG"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511344899384736322" src="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/THw6_FJ8-kI/AAAAAAAAAps/6hKclTk3eW4/s400/BRINCO~1.JPG" style="cursor: hand; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 331px;" /></a> <br />
<div align="center">
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Forma de quartzo</div>
<div align="center">
Uma pedra polida pela mãe montanha</div>
<div align="center">
A luz flúi e espalha-se</div>
<div align="center">
Dizem que protege</div>
<div align="center">
Disseram os romanos, os gregos, os indianos</div>
<div align="center">
A luz protege</div>
<div align="center">
Do negrume dos interiores maciços </div>
<div align="center">
A luz</div>
<div align="center">
O milagre libertador das trevas</div>
<div align="center">
A luz não a pedra</div>
<div align="center">
Ónix</div>
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Uma forma de quartzo</div>
<div align="center">
Um poema em rocha</div>
<div align="center">
Um brilho em céu</div>
<div align="center">
Uma esponja de vida borbulhante</div>
<div align="center">
Nascente de vivências</div>
<div align="center">
A terra que se pisa</div>
<div align="center">
E uma forma de quartzo polida</div>
<div align="center">
E tão cheia quanto os teus dias</div>
*<br />
<div align="center">
</div>
<img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511343035647198114" src="http://4.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/THw5SmMTA6I/AAAAAAAAApk/U0FyXpJ4fls/s320/resized_pic_2921_48a31457b33a5.jpg" style="cursor: hand; display: block; height: 320px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 240px;" /><br />
<div align="center">
Poema que me foi dedicado por Carlos Teixeira Luís</div>
<br />
<div align="center">
<br /></div>
</div>
Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-91346967216271299072010-08-30T17:46:00.008+01:002010-08-31T10:01:53.856+01:00Labirintos<a href="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/THvhfKPdduI/AAAAAAAAApU/3e2yCgJFElY/s1600/Labirintos.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 297px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511246494459328226" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/THvhfKPdduI/AAAAAAAAApU/3e2yCgJFElY/s400/Labirintos.jpg" /></a><br /><div align="center">Se ao virar da esquina<br />Encontrares<br />Uma alma moribunda<br />Esquece-a<br />Como esqueceste<br />O sítio onde moras<br /><br />Há moradas<br />Que servem de aposentos<br />A frios desertores<br />Que por se saberem ordeiros<br />No mundo dos vivos<br />Deixam a nu<br />Os mirantes dos seus olhos </div><div align="center">*<br />Sei-os por me saber<br />Em plena mesura<br />E formatura<br />Resgatando em absoluto<br />Os labirintos<br />Onde nascem os seus credos<br /></div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3969722926944436943.post-1859002038615874492010-07-30T16:05:00.003+01:002010-08-30T17:57:19.941+01:00Amor meu<a href="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TFLqiZVJNiI/AAAAAAAAAnc/7RjYQuqmrrc/s1600/target.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 298px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5499715971608819234" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_dvE8EO4YWZo/TFLqiZVJNiI/AAAAAAAAAnc/7RjYQuqmrrc/s400/target.jpg" /></a><br /><div align="center">(Tela de Paula Rego)<br /><br />Ajuda-me</div><div align="center">Ouve-me no silêncio<br />Que é a tua voz<br />Amor meu<br /><br />A encontrar um amor<br />Do tamanho do céu<br />Um amor<br />Que me vire ao contrário<br />Que me diga de mim<br />Que me veja sorrir<br />Amor meu<br /><br />Ajuda-me<br />A saber-me<br />Em ti<br />Amor meu<br />Aclara-me os olhos<br />E encontra-me<br />Sempre<br />E para sempre<br />Em Amor<br />No teu</div><div align="center"><br />Amor meu</div>Matilde D'Ônix http://www.blogger.com/profile/10641624337309449395noreply@blogger.com1