Passou
Uma asa
Solta no vento
Trago um jardim no bolso
E a vontade de sonhar o mundo
Espelhada nos olhos
Que elevo às estrelas, todas as noites.
Ao alcance de um braço.
Trago preso no dedo, com um fio de lágrimas
Um balão cheio de vozes
A roçar o céu, de nuvem em nuvem.
Cansa-me o silêncio.
(Não sei quando voltarei a mim, de novo
Não sei onde me leva este caminho).
Invade-me por dentro
A dúvida, sobre a direcção do vento.
Resgato todas as caravelas naufragadas.
Iço velas nos mastros quebrados
À intensidade do som
E parto, a navegar
Pela latitude da alma
Onde o mar distante, se torna mais distante.
Ficou
A sensação
Que tudo é tão pouco
Nas asas do tempo
São cinzentos invernos
De noites e de lágrimas
A engrossar o rio, a desaguar no oceano.
Ao sabor da corrente
Que se estende
Em volta dos homens sós.
É nessas mãos, vazias
Onde se afundam os sonhos.
É quando o tempo pára suspenso
E entristece, por não saber dos teus passos
Dos teus dias, dos teus lugares…
É quando o rio acorda, nas pedras de um farol
Que não te sabe da janela fechada à noite…
E mesmo que as estrelas não te sigam
O seu brilho está dentro de ti.
Seja por um segundo de noite
Seja em todas as noites
Elas continuam a cair, do céu.
Há um plano superior
Onde confluem todos os ventos horizontais
Que sopram nas tuas palavras.
Agradeço ao Nuno Marques por esta dedicatória
Uma asa
Solta no vento
Trago um jardim no bolso
E a vontade de sonhar o mundo
Espelhada nos olhos
Que elevo às estrelas, todas as noites.
Ao alcance de um braço.
Trago preso no dedo, com um fio de lágrimas
Um balão cheio de vozes
A roçar o céu, de nuvem em nuvem.
Cansa-me o silêncio.
(Não sei quando voltarei a mim, de novo
Não sei onde me leva este caminho).
Invade-me por dentro
A dúvida, sobre a direcção do vento.
Resgato todas as caravelas naufragadas.
Iço velas nos mastros quebrados
À intensidade do som
E parto, a navegar
Pela latitude da alma
Onde o mar distante, se torna mais distante.
Ficou
A sensação
Que tudo é tão pouco
Nas asas do tempo
São cinzentos invernos
De noites e de lágrimas
A engrossar o rio, a desaguar no oceano.
Ao sabor da corrente
Que se estende
Em volta dos homens sós.
É nessas mãos, vazias
Onde se afundam os sonhos.
É quando o tempo pára suspenso
E entristece, por não saber dos teus passos
Dos teus dias, dos teus lugares…
É quando o rio acorda, nas pedras de um farol
Que não te sabe da janela fechada à noite…
E mesmo que as estrelas não te sigam
O seu brilho está dentro de ti.
Seja por um segundo de noite
Seja em todas as noites
Elas continuam a cair, do céu.
Há um plano superior
Onde confluem todos os ventos horizontais
Que sopram nas tuas palavras.
Agradeço ao Nuno Marques por esta dedicatória
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