segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ônix


Forma de quartzo
Uma pedra polida pela mãe montanha
A luz flúi e espalha-se
Dizem que protege
Disseram os romanos, os gregos, os indianos
A luz protege
Do negrume dos interiores maciços
A luz
O milagre libertador das trevas
A luz não a pedra
Ónix
Uma forma de quartzo
Um poema em rocha
Um brilho em céu
Uma esponja de vida borbulhante
Nascente de vivências
A terra que se pisa
E uma forma de quartzo polida
E tão cheia quanto os teus dias
*

Poema que me foi dedicado por Carlos Teixeira Luís


Labirintos


Se ao virar da esquina
Encontrares
Uma alma moribunda
Esquece-a
Como esqueceste
O sítio onde moras

Há moradas
Que servem de aposentos
A frios desertores
Que por se saberem ordeiros
No mundo dos vivos
Deixam a nu
Os mirantes dos seus olhos
*
Sei-os por me saber
Em plena mesura
E formatura
Resgatando em absoluto
Os labirintos
Onde nascem os seus credos