quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Uma Face Minha, Um Toque Teu (dueto c/Jomasipe)


Há um mar longínquo nos meus olhos,
e uma areia infinita nas lágrimas molhadas,
um amor cansado, quente, amanhecido tarde,
uma vontade que ama,
me alimenta,
me junta a ti,
na incandescência das marés revoltas em dias de temporal...

Há uma triste sina envolta em dias cinza
Uma cidade que me ama e me deseja
Sempre que ao virar da esquina
Te encontro nesse mar que caminha
Por entre os escombros do meu leito morno
Quantos caminhos percorro até chegar a ti
E no horizonte há um olhar que anoitece

Há um caminho oculto, nas moradas abandonadas,
um mar envolto em chamas,
uma nebulosa, ofusca no céu molhado,
uma cálida manhã de Primavera,
uma face minha, um toque teu.
Há uma mão tua em mim,
que não me larga e que me abrasa.

Há sempre a livre vontade de ir mais longe
Há nas nossas mãos letras pequenas, benfazejas
De quando era uma triste menina
A acordar nos teus olhos
E fui-Te mar cansado, obra minha
Ter-te em cima como em baixo
Será o remanescer calado no meu ventre continuado

Sem comentários:

Enviar um comentário