terça-feira, 26 de maio de 2015

Dimensões II - SAÚDE

Ser capaz de me submeter a esta força é ter vontade de me limpar de todas as poeiras que a estrada largou e transformá-las em pontos luminosos. Serão esses que permitirão dizer-me no teu corpo, quando cair sobre ti esta mortalha húmida, abandonada há muito tempo sobre mim, quando ainda não sabia deste espaço fechado à minha visão. 
Abrir os olhos, alcançar este foco e desenhar nele as pétalas de uma flor, formando o Lotus que envolve o teu coração, é sentir que nas mediações do meu corpo, há uma corrente morna que me transforma e me coloca em perfeita comunhão com o Universo. 

Viver esta plenitude num sentido universal é saber que num outro estado, reside tudo o que nos traz felicidade. Saber que ao abrir todos os poros da minha pele, permitindo a entrada desta força residual em forma de AMOR, é ter a certeza de que lá abri a porta maior, a entrada principal para que aqui, eu sinta que tudo me pertence. Abrir-se-ão todos os canais para que a chama, ao atingir o centro cardíaco, provoque a tal explosão que irá criar novas energias e transformá-las. Será esta, que fará renascer novas cores e os novos circuitos que se criaram em todas as mediações do meu corpo. Expandir-se-ão até atingir de novo a origem, transmutando e revigorando todo o sistema energético.

Será este o modo que me permitirá abrir a Ti e consolidar os vários estados que meu corpo assimila para te poder dizer, que ele é uma fonte que se mantém presente, sempre que quiseres beber do supremo todas as imagens longínquas. Se te deitares e lhe souberes ouvir todos os segredos guardados, eu acatarei para mim as várias formas que o teu corpo apresenta, sendo a fonte nova de todos os momentos por nós revigorados. Será esta a nova dimensão, para que em nós continue a revigorar a dimensão do AMOR.

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