quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Esperarei Por Ti


Neste agora eu me detenho perante a instabilidade de um abraço
E assim irei por todos os cantos que conheço e esperarei por ti...
Ou por um outro que me queira
Que me siga na inconsequente mudança em que me adenso

Não um qualquer que se diz de si
Mas alguém que queira saber-me prestes a culminar de um desejo vivo
E de uma vida alheia em mim

Há um líquido brilho que me tolda os pensamentos
E os encaminha até às vastas marés
São elas que confundem tudo nas funduras de um mar feroz
E nós ficámos a vê-las engolir todas as águas
E todos os jardins erigidos no altar-mor do nosso corpo

Fiquei assim perdida na lonjura do tempo
Que se cruza com os tempos que por mim se perderam
E me diz de tudo um pouco
Se eu souber escutar
Se eu souber calar
Se eu souber ser duas numa noite só
Para me ter e te querer
Para me resguardar de todas almas que me queiram viva
À roda de um mundo que sofre e se ajoelha por nada

Fico assim…
Girando em cima de uma mó presa ao vento que passa
E as águas gastaram-se nas colinas
Enquanto me preparava para dormir um sono leve e ir…


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