quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Encontros


Existem rostos deformados, díspares ao longo dos caminhos.
Serão eles que nos ligarão á nova terra onde se misturam todos os olhares trancados, todas as bocas famintas, todos os abraços maculados... Escondem-se nesse ermo onde existes só, porque te excluíste deste círculo, onde guardo todos os teus sorrisos. Há pelo menos duas condições para os encontrar e os encostar ao silêncio do meu corpo;
uma será sempre nos segredos guardados na toca do mundo,
a outra será sempre num olhar esquecido na penumbra da noite.

Mal amanhados, os feixes de luz que carrego nos ombros. Deixei-os deslizar por entre os meus braços nus e tu conseguiste alcançar a terra infame, onde os habitantes se perderam da chama crescente.
Seria assim que nos veria neste novo encontro;
tu continuarias pena leve voando no Universo,
eu seria quase sempre eco perdido na aridez montanhosa, grito confuso nos adornos quentes do teu leito.
Os sons ecoam livres à passagem da aurora. Tu e eu alcançamos os diferentes enigmas que deslizam pelas cores imaculadas.

Coitados, se nem costumam dançar a par com as estrelas

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