segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Cansaço

Como ver nas sombras
O meu rosto
Cansado
Escancarado
Desfigurado
Se a ilusão
É um brilho difuso
No infinito
De um novo espaço?
*
De ti me alimento
Alma sequestrada
Sustentada pelo tempo
E o ocaso
Que resta à luz
*
(E quero rir
Deste adorno
No meu regaço
E dele beber
Até enlouquecer)
*
Há um fio no caminho
E buracos escondidos
Intrometidos
E sofro
Sempre que os meus passos
Se alimentam
Do rubro manto
Que escorre nas veias
Do meu cansaço
*
É ele o meu fado
Castigo
Tormento
Nascente e Poente
De um único ventre

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