segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Miragem

Insisto neste baloiçar.
Gosto de sentir esta adrenalina no corpo, de te saber um único caminho na poeira da estrada.

Foi apenas miragem que passou, e já não temo por quase nada. Voltei a mim no dia em que partiste e fui só um dia, lágrimas no teu rosto. Nem sabes as cores que contêm quando se entregam a troco de nada. Foi talvez uma pincelada de ar fresco que na manhã desceu sobre o rio e me afogou esta mazela engasgada.

Subi ao cimo do monte e só vi uma estrela acorrentada pelas marés vivas. Avivam-me a memória sempre que me tocam as pontas dos pés e me levantam de pé sem mais nada. As vestes já foram rasgadas, o corpo amoleceu com a tua chegada, e tu contaste as bravuras que alcançaste nessa estrada. Já foi minha um dia, mas lembro agora, que quando partiste, fui só eu que me lembrei da tua morada.

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